Problemas oftalmológicos mais frequentes: AMBLIOPIA Comummente conhecida como “olho preguiçoso”, é uma baixa visão num ou nos 2 olhos por essa não se ter desenvolvido durante os primeiros anos de vida. Principais causas: Estrabismo, Erro refractivo, diminuição da transparência dos meios transparentes do olho (ex.: catarata congénita). O desenvolvimento da visão ocorre até os 6-7 anos de idade. O diagnóstico e tratamento devem ser iniciados antes dessa idade na tentativa de evitar uma baixa visão permanente. ESTRABISMO Alteração ocular em que os olhos não estão alinhados, estando desviados para os lados ou para cima ou para baixo. Pode ser constante ou esporádico (aparecer e desaparecer). O tratamento pode ser com o uso de óculos de correcção ou por correcção cirúrgica. Pseudoestrabismo – nos 1os anos de vida pode aparentar que o bebé apresenta um desvio dos olhos, devido á conformação óssea, nariz mais achatado e prega no canto interno do olho. Desaparece com o crescimento. ERROS REFRACTIVOS MIOPIA O olho miópico é maior do que normal, fazendo com que as imagens sejam focadas á frente da retina. Tem-se uma boa visão de perto, mas uma diminuição da visão para longe. O diagnóstico é feito habitualmente entre os 8-12 anos. Agrava na adolescência a acompanhar o crescimento rápido, e estabiliza entre os 20 e 40 anos. HIPERMETROPIA O olho hipermetrópico é menor do que o normal, fazendo com que as imagens sejam focadas atrás da retina. Tem-se uma boa visão de longe, mas uma diminuição da visão para perto, que nos jovens não é evidente por uma elevada capacidade de acomodação, que vai diminuindo com a idade. Hipermetropias grandes podem ser causa de ambliopia e estrabismo nas crianças. ASTIGMATISMO No olho astigmático, a superfície curva anterior do olho, a córnea, não é regular tendo curvaturas diferentes em ângulos diferentes. Causa a distorção das imagens por focar as imagens em zonas diferentes de acordo com o ângulo. PRESBIOPIA Enquanto se é jovem, a lente natural do olho, o cristalino, é mole e flexível permitindo ao olho a capacidade de focar tanto para longe com para perto. Após os 40 anos, torna-se mais rígida diminuindo progressivamente a capacidade de focar ao perto. TRATAMENTO Os erros refractivos podem ser corrigidos com óculos, lentes de contacto ou cirurgia (laser ou lentes intra-oculares). CATARATA A catarata é a diminuição da transparência da lente natural transparente do olho, o cristalino. A catarata senil é um processo normal de envelhecimento que começa a dar sinais a partir dos 50-60 anos. Algumas doenças, como a Diabetes podem fazer com que surja mais cedo. Pode haver catarata após traumatismos oculares, inflamações ou á nascença (catarata congénita). O tratamento é simples e cirúrgico, e consiste em substituir a lente natural opacificada por uma lente artificial transparente. Na generalidade dos casos não necessita de anestesia geral ou internamento e a recuperação é muito rápida e não incapacitante. GLAUCOMA É uma doença que afecta o nervo óptico, responsável por levar as imagens para o cérebro. Quando lesado causa a morte das células nervosas e consequentemente á cegueira. Por serem irreversíveis as lesões, é importante fazer o diagnóstico precoce da doença. O factor de risco mais importante para o desenvolvimento do Glaucoma é o aumento da tensão dos olhos. É também o único factor de risco que pode ser tratado por meio de gotas, laser e/ou cirurgia. RETINOPATIA DIABÉTICA É uma das complicações da Diabetes. Quando não diagnosticada e tratada a tempo pode levar á cegueira. A sua gravidade está directamente relacionada com o controle da Diabetes e valores de glicemia e tensão arterial. Todo o doente com o diagnóstico de Diabetes deve ser observado em consulta de Oftalmologia 1 vez por ano ou sempre que haja uma baixa da visão. DEGENERESCÊNCIA MACULAR (DMRI) É um processo de envelhecimento com morte celular na Mácula, a região mais importante para a visão fina do olho. Surge a partir dos 60 anos, afecta progressivamente a visão central (capacidade de ver ao longe e ao perto). Não leva á cegueira total visto que a visão periférica está poupada, mas nos casos mais avançados torna impossível a leitura ou actividade de pormenor. É uma doença sem cura, mas existem tratamentos para algumas fases da doença com o intuito de atrasar ou travar a doença. |